1. Tem dias...

    terça-feira, 20 de outubro de 2015

    Hoje eu acordei as 5 da manhã e demorei 3 horas pra chegar na faculdade. Lá, tive uma prova e uma aula que totalizaram mais ou menos 4 horas e no estágio, 6 horas.
    Hoje eu sai do trabalho às 18h e cheguei em casa as 22h. Depois de 15 horas de atividades diárias e antes mesmo de sair da estação de trem, eu chorei.
    Chorei por que estava cansada. Ficar quatro horas de pé, dentro de um vagão apertado pra quem tem problemas nas costas está longe de ser o paraíso. Chorei por que estava com fome, já que quatro pedaços de fruta tinham sido a última coisa que comi. Chorei por que ainda é terça-feira mas meu corpo (e minha mente) pareciam já estar no limite. Mas chorei, principalmente, por que sei que no meio das estações lotadas e dos trens atrasados, tinha gente em situação muito pior que a minha.
    Eu tinha carona (e colo) de pai e mãe até em casa. Tinha a liberdade para escolher não ir na faculdade amanhã, pra que eu possa descansar e continuar a semana como se essa terça-feira não tivesse acontecido. E tinha a esperança de que no final de semana, apesar da correria, teria tempo para descansar.
    E quem não tem? E quem ainda pegaria um ônibus lotado pra casa? E quem carregava criança pequena ou tinha filho pequeno esperando em casa? E quem ainda chegaria em casa para fazer janta para a família? E quem não pôde estudar, trabalha mais e ganha bem menos? E quem vai acordar amanhã, novamente, as 5 da manhã pra passar por tudo isso de novo?
    Me desculpem, mas nossa definição de viver está um tanto quanto distorcida e estamos tão preocupados sobrevivendo que esquecemos que isso não é vida. Afinal, a sociedade é feita disso, não é? Dessa semi-vida que cria escravos e não pessoas. Que, sorrateiramente, nega direitos básicos a quem não tem tempo de notar. Dessa desigualdade maldita que faz com quem tenha poder de decisão para melhorar a vida do povo, não tenha a menor ideia do que esse povo carece.
    Depois de dias como esse, depois de choro, banho e desabafo, eu me pergunto: onde é que começa a violência?



  2. How to explain?
    You trigger in me some kind of caring instinct that I can't shake. I see you hurting, absolutely lonely and I hope you know that it keeps me up at night. It's like you're inside a dark hole and everyone around you - especially me - is constantly trying to pull you out but the more we try, deeper you seem to go.
    I also wanted you to know that I will keep trying with you, I will. But not now, I'm afraid. Now I have my own hole to crawl out of and I need to take care of myself before I can worry about anyone else. But please wait, because I'm sure one day we'll both be full of light again and I, for once, will be really happy to share it.

  3. I'll never be free.

    sexta-feira, 9 de outubro de 2015

    "One day I know I'll be moving on, but I fear you'll be always right there holding a piece of my heart that'll never belong to me. And I'll live my life, find reasons to smile so everyone will think you did'nt shake me and totally break me. They'll never know I'll never be free."

    by Abbi Glines

    (via 'berlin-artparasites' facebook page)

  4. Como é?

    domingo, 4 de outubro de 2015

    Vem cá! Não se acanhe. Chega mais perto e conta pra mim: como é se tornar aquilo que você sempre condenou?